Motivo de orgulho para uns, sinal exterior de riqueza e vaidade para outros, a barba sempre esteve presente no rosto de muitas personalidades ao longo da história. Como consequência, elas se tornaram alvo perfeito para a criação de um imposto. Essa insólita e maluca ideia ocorreu em 1535, durante o reinado de Henrique VIII.
Assim, as pessoas eram tributadas de acordo com sua posição social, ou seja, quanto maior o status do barbudo, mais ele teria que pagar. O rei argumentava que assim ele poderia redistribuir a riqueza pelos mais necessitados.
O imposto durou alguns anos, mas logo foi engavetado. Entretanto, essa história não acabou nesse capítulo. No reinado de Isabel I, filha de Henrique VIII, o imposto retornou, mas desta vez com um modelo um pouco diferente. No período, todos aqueles que deixavam os pelos faciais crescerem mais de duas semanas sem serem aparados, seriam tributados.
Como se já não bastasse essa ideia mirabolante, o imposto chegou na Rússia, que era governada por Pedro I, ou Pedro o Grande. Fazia parte de seus esforços para modernizar a sociedade russa e seguir os padrões impostos por lá, ele optou por instituir uma tarifa em todos que usavam barba ou bigode.
Os homens barbudos que pagavam impostos deveriam carregar um curioso ‘token de barba’. O níquel era feito, geralmente, de prata ou cobre e tinha uma águia russa gravada em uma das faces. No outro lado, havia o desenho de um nariz, boca, bigodes e uma barba.
O token também tinha duas inscrições, numa dizia “o imposto sobre a barba foi cobrado” e no outro “a barba é um fardo supérfluo”. Os rebeldes que ‘resistiam’ ao imposto, poderiam ser punidos com uma tosa à força em praça pública. Para alegria dos barbudos, o imposto foi abolido em 1772.