Sua barba, provavelmente, não esta cheia de merda!

Uma recente reportagem realizada em Albuquerque, EUA, causou uma polêmica na web, principalmente para a comunidade masculina barbuda. Ela teria apontado que as barbas seriam mais sujas do que vasos sanitários.

Alguns voluntários em uma pesquisa do canal Action 7 News, permitiram que cientistas analisassem suas barbas. O microbiólogo John Golobic, da Quest Diagnostics, passou cotonetes nos pelos faciais deles e descobriu algo ‘assustador’: enquanto algumas barbas tinham bactérias normais, esperadas em rostos, algumas poderiam ser comparadas a um banheiro sujo.

“Algumas dessas bactérias só são encontradas em cocô”, afirmou Golobic.

Mas, será que é verdade?

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Antes de você resolver navalhar seus pelos faciais, vamos entender a pesquisa científica.

Em primeiro lugar, os ‘resultados’ não são de um estudo científico real. Foi apenas um âncora de um jornal que reuniu um punhado de cotonetes de barbados aleatórios e conversou com um microbiologista sobre isso. Não houve nenhum tipo de critério na escolha e nos procedimentos adotados.

Outro ponto a tomar nota é que a tal bactéria encontrada na barba que seria do intestino (fearmongering) não é exclusiva do cocô. Ela pode estar em qualquer coisa que você use diariamente, do controle de casa, escova de dentes e celulares. Além da concentração da ‘malígna’ bactéria não ser tão alta assim a ponto de causar uma preocupação.

Outros estudos sobre bactérias na barba

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Um recente estudo realizado pela revista Anaesthesia descobriu que os pelos faciais não são tão perigosos na transmissão de bactérias. A pesquisa fez uma análise para diferenciar homens com peles sem ou com barba. O estudo teve uma amostra relativamente pequena, porém, com apenas 10 pessoas em cada categoria.

Outro estudo na revista The Journal of Hospital Infection, analisou como os pelos faciais afetam a prevalência de agentes patogênicos potenciais, tais como Staphylococcus Aureus (bactéria encontrada na pele e nas fossas nasais).

Ele descobriu que ter uma barba realmente reduziu a probabilidade de bactérias resistentes aos antibióticos e S. aureus presente na pele. Ele também descobriu que os trabalhadores do hospital com barbas lançam mais bactérias do que aqueles sem barbas.

No entanto, os trabalhadores ‘lisinhos’ tinham bactérias suficientes para enfatizar a importância de todos vestirem máscaras no rosto para procedimentos de esterilização, independentemente de ter ou não pelos faciais.

Logo, não só em sua barba (seja ela curta ou longa), mas a pele humana é o lar de uma grande diversidade de micróbios.

Resumindo: continue cultivando sua barba, só não esqueça de lavá-la e cuida-la como se fosse sua pele.

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