Hipertricose ou excesso de pelos: A síndrome de lobisomem

Você já ouviu falar da Hipertricose, mais conhecida como “Síndrome do Lobisomem”? Acredite se quiser, esta é uma doença real, na qual o paciente sofre com excesso de pelos e fica com o corpo completamente coberto por uma espécie de pelo fino, muito parecido com o cabelo comum (muito parecido com um Lobisomem, mesmo). Loucura, não é?

Nós, do Beard, já sabemos que você é apaixonado por barbas e entende a importância de cuidar muito bem delas – com os produtos certos – além de, sobretudo, se informar. No caso da Hipertricose, o assunto é um pouco mais sério, já que se trata de uma doença rara e bastante complicada para o psicológico e convívio social do paciente.

Hoje, você vai entender com a gente um pouco mais sobre essa tal Síndrome do Lobisomem, que causa excesso de pelos no rosto e corpo – assim como suas causas, sintomas e tratamentos. Vamos juntos?

O que é a Hipertricose?

aprenda tudo sobre a Hipertricose

Mais especificamente, Hipertricose Lanuginosa Congênita, ou também Síndrome de Ambras ou Síndrome do Lobisomem, como já mencionamos anteriormente.

Trata-se de uma anomalia autossômica, que tem como característica o crescimento excessivo de pelos, onde o paciente fica, durante toda a vida, completamente coberto por fios conhecidos como lanugem, podendo chegar até 25 centímetros de comprimento.

Essa lanugem nada mais é que um cabelo muito fino, que aparece em fetos e recém-nascidos – mas desaparece pouco antes do nascimento em pessoas saudáveis.

Alguns bebês podem, sim, nascer com um pouco de lanugem, mas o normal é que se perca ao longo dos anos. Já a pessoa que sofre com a Hipertricose, essa lanugem nunca se perde (e pode, inclusive, aumentar com o passar do tempo).

De todo o corpo, a única parte que não fica coberta com pelos são as palmas das mãos, plantas dos pés e áreas de mucosas.

No entanto, a Síndrome do Lobisomem é extremamente rara – até hoje, há um total de apenas 50 casos registrados no mundo.

Quais são os tipos de Hipertricose que existem?

Basicamente, existem duas variações da anomalia: a Hipertricose Lanuginosa Congênita e a Síndrome de Ambras. A primeira é, como já explicamos, quando o cabelo é relativamente fino e pode chegar a 25 centímetros de comprimento.

Já a Síndrome de Ambras apresenta um fio mais grosso, colorido e cresce durante toda a vida.

A Síndrome do Lobisomem também pode ser generalizada com excesso de pelos por todo o corpo, ou localizado apenas em uma ou mais áreas específicas.

Quais as principais causas da Síndrome do Lobisomem?

Quais são os tipos de Hipertricose que existem?

Por se tratar de uma doença raríssima, ainda não se sabe exatamente o que pode causar a Hipertricose. Acredita-se, no entanto, que se trata de uma mutação genética quase sempre causada por hereditariedade.

Pode, sim, vir de fatores que não estão ligados a heranças genéticas familiares, embora isso seja ainda mais raro. Nesse caso (chamado de Hipertricose Adquirida), o excesso de pelos se dá geralmente por problemas relacionados à saúde, como leucemia, anorexia nervosa, problemas metabólicos (como a porfiria cutânea) e até picos de hormônios durante a puberdade.

Quais os sintomas dessa síndrome?

Como o nome “Síndrome do Lobisomem” pode sugerir, trata-se de uma doença cujo principais sintomas são externos e muito visíveis.

Além do excesso de pelos pelo corpo, pessoas que sofrem com Hipertricose não possuem nenhum outro sintoma diretamente ligado à síndrome, podendo levar uma vida normal e idêntica à de pessoas saudáveis.

Mas, claro, apesar de não haver sintomas diretos da Síndrome do Lobisomem, a pessoa pode desencadear problemas sociais e psicológicos, já que precisa lidar com a aparência incomum durante toda a vida.

Qual profissional uma pessoa com Hipertricose deve procurar?

Se o diagnóstico da doença se deu no período da infância ou qualquer fase da vida posterior a isso, a pessoa deve procurar definitivamente um dermatologista.

No entanto, se o problema de excesso de pelos foi identificado logo após o nascimento (ou seja, se o bebê nasceu com a lanugem e não perdeu mesmo após as primeiras semanas de vida), é preciso encaminhá-lo para um obstetra.

A Síndrome do Lobisomem tem cura?

Infelizmente, não. A Hipertricose é uma condição permanente que, até o momento, não se tem cura.

Quais são as opções de tratamento para o excesso de pelos?

Qual profissional uma pessoa com Hipertricose deve procurar?

Apesar de limitadas, existem algumas opções de tratamento para amenizar a aparência incomum e “estranha” causada pelo excesso de pelos. A maioria consiste, basicamente, em remover os fios do rosto e corpo.

Conheça algumas opções:

Cera

Por remover o pelo desde a raiz, este método faz com que o crescimento da pelugem seja mais lento. No entanto, trata-se de um método doloroso, que exige periodicidade e cuidado, já que há áreas do corpo (como o rosto) em que não se pode aplicar.

Depilação a laser

Através de aparelhos que aquecem o folículo a 100 graus centígrados, a Depilação a Laser remove quase completamente os pelos, além de afinar os que sobraram. Funciona melhor em fios com pigmentação escura, e deve-se ter cuidado com pessoas com pele morena – o paciente precisa encontrar uma clínica de confiança e conversar com um especialista.

Laser para remoção de tatuagem

Este é um dos métodos que obtiveram melhor resultado. O Laser Q-switched Nd:YAG, utilizado para remoção de tatuagem, pode ser utilizado para a remoção de pelos – pacientes que se submeteram a este método relataram uma redução de 40% a 80% da quantidade de fios.

Barbeadores

Apesar de serem a melhor opção para os barbados, os barbeadores não são uma boa opção para pessoas com Hipertricose, por se tratar de um método mais “manual”, que não remove o pelo pela raiz – assim, ele volta a crescer muito mais rapidamente.

De qualquer forma, o tipo de tratamento vai sempre variar muito de indivíduo para indivíduo – questões como quantidade de pelo, tamanho dos fios, agilidade do crescimento, idade do paciente e também preferência devem ser levados em conta.

Há também fatores específicos de cada método que precisam de atenção. Nenhum método de depilação, por exemplo, é adequado para ser utilizado em TODAS as áreas do corpo.

Depois de todas essas informações sobre a Hipertricose, já deu para perceber que cuidar do excesso de pelos nunca é fácil, né? Seja na Síndrome do Lobisomem ou mesmo através de uma barba comum, é preciso ficar sempre de olho nas informações, se o crescimento e o fio estão saudáveis, e também em produtos para manutenção dos pelos faciais.

Falando nisso, você sabe que nós temos um e-book especialmente sobre Barba, cabelo e bigode: guia completo da higienização? Não deixe de baixa-lo gratuitamente clicando aqui.

Quer receber no seu email excelentes conteúdos iguais a este? Então cadastre-se em nossa newsletter.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *