A depressão é considerada hoje o mal do século. O número de casos só tem crescido, assim como algumas confusões a respeito dos seus sintomas, formas de tratamento e até mesmo o reconhecimento como uma doença. Sim, ainda tem quem ache que é só uma “frescura”. E isso é em parte por esta falta de informação e diagnóstico mais preciso. É para ajudar os barbudos mais desavisados, vamos explicar um pouco do que é a depressão, seus gatilhos, e como evitá-los.
Sintomas de depressão, você sabe reconhecê-los? Depressão ou transtorno depressivo maior é um transtorno de humor comum, porém grave. Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar.
Os sintomas de depressão devem estar presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja diagnosticado.
O que é depressão
Depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença comum e séria que afeta negativamente como você se sente, como pensa e como age. Contudo, felizmente também é tratável.
A depressão provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer. Pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos e pode diminuir a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais no trabalho e em casa.
Formas de depressão, conheça
Algumas formas de depressão são ligeiramente diferentes, ou podem se desenvolver sob circunstâncias únicas, tais como:
Transtorno depressivo persistente
Também chamado distimia é um humor deprimido que dura pelo menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves.
Porém os sintomas devem durar dois anos para ser considerado transtorno depressivo persistente.
Depressāo perinatal ou pós-parto
É muito mais grave do que o “baby blues” (sintomas relativamente baixos de depressão e ansiedade que normalmente desaparecem dentro de duas semanas após o parto). Cerca de 80% das mulheres experimentam a “baby blues” após a gestação.
As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande depressão durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-parto). Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão que acompanham a depressão perinatal podem dificultar que essas novas mães completem atividades de cuidados diários para si e / ou para seus bebês.
Depressão psicótica
Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de alguma forma de psicose, como ter falsas crenças fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver coisas que outras pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações).
Assim, trata-se de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral ao mesmo tempo. Os sintomas psicóticos normalmente têm um “tema” depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença.
Transtorno afetivo sazonal
É caracterizado pelo início de um quadro de tristeza prolongada durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural.
A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor.
Normalmente é acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.
Transtorno afetivo bipolar
É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém com transtorno bipolar vivencia episódios de humores extremamente baixos que atendem aos critérios de depressão maior (chamado “depressão bipolar”).
Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados altamente elevados – eufóricos ou irritáveis - chamados de “mania” ou uma forma menos grave chamada “hipomania”.
Assim, exemplos de outros tipos de distúrbios depressivos recentemente adicionados à classificação diagnóstica do DSM-5 incluem distúrbios disruptivos de humor (diagnosticados em crianças e adolescentes) e distúrbio disfórico pré-menstrual.
O que leva uma pessoa a ter depressão?
A depressão é tanto uma doença emocional como química se relacionarmos a alterações do organismo. Quando ela ocorre, a produção de determinados hormônios, como a adrenalina e a serotonina, ficam comprometidas. Isso fora a dificuldade na transmissão de neurônios relacionados a estados emocionais e mesmo memórias.
O resultado dessas disfunções no cérebro é um estado de profundo esgotamento emocional. Fora a perda de ânimo em todas as atividades diárias. Se não for bem tratada, o quadro pode se agravar a problemas de memória, e mesmo pensamentos sobre suicídio.
Existem vários motivos que podem acarretar em depressão. Os mais comuns são traumas recentes ou passados, estresse a níveis muito altos, e mesmo vícios considerados “moderados”, como fumo e bebidas alcoólicas. Muitas vezes são a combinação de fatores que podem levar a um quadro de depressão. Uma pessoa que fuma e possui um estresse constante no trabalho, por exemplo, poderia cair em um quadro depressivo, por exemplo.
Os Sintomas da depressão mais Comuns
É aqui que a situação fica um pouco mais complicada. Os sintomas de depressão são claros, pois todos aparecem ao mesmo tempo. O que gera confusão é que muitas pessoas tomam um ou dois sintomas como o quadro efetivo de depressão. Depois que o superam, acabam sendo tratados com o desdém de quem realmente não tinha depressão.
Além do mais, quem de fato pode diagnosticar uma pessoa com depressão é a avaliação de um psicólogo e um neurologista. Portanto, procure qualquer ajuda médica caso sinta alguns dos sintomas a seguir por muito tempo.
- Alterações bruscas de humor – a pessoa fica mais introvertida, triste, e sem ânimo até para as coisas que mais gosta.
- Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo
- Irritabilidade
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
- Cansaço constante – fadiga é algo mais frequente.
- Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
- Descuido nos cuidados de higiene – cuidar da barba, do próprio corpo e mesmo não escovar os dentes ou tomar banho se tornam atos “naturais”;
- Problemas com memória e concentração – além de ser mais difícil de se lembrar de determinados atos, fica bem mais difícil trabalhar;
- Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
- Apetite e / ou alterações de peso
- Desejos suicidas – o que antes era algo impensável, agora se torna mais frequente. Se chegou a esse ponto, procure ajuda imediatamente.
- Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.
- Mover ou falar mais devagar
- Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
Como perceber os sintomas de depressão?
Contudo, nem todo mundo que está deprimido experimenta cada sintoma. Porque algumas pessoas experimentam apenas alguns sintomas. No entanto, outros indivíduos podem experimentar muitos. Vários sintomas persistentes, além do humor baixo são necessários para um diagnóstico de depressão maior.
Pessoas com apenas alguns, mas angustiantes, sintomas podem se beneficiar do tratamento de sua depressão “subsindrômica”. Assim, a gravidade, a frequência dos sintomas e quanto tempo eles duram variam dependendo do indivíduo e sua doença particular. Os sintomas também podem variar dependendo do estágio da doença.
Fatores de risco para depressão
Decerto que a depressão é um dos transtornos mentais mais comuns do mundo e afeta pelo menos 10% da população brasileira, segundo a OMS. Pesquisas sugerem que a depressão é causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
Depressão pode acontecer em qualquer idade, mas muitas vezes começa na idade adulta. Contudo, ela é agora reconhecida como ocorrendo em crianças e adolescentes, embora às vezes apresentam mais irritabilidade proeminente do que humor baixo. Muitos transtornos crônicos de humor e ansiedade em adultos começam como níveis elevados de ansiedade em crianças.
Assim, a adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos.
A depressão, especialmente na meia-idade ou adultos mais velhos, pode ocorrer em conjunto com outras doenças médicas graves, como diabetes, câncer, doenças cardíacas e doença de Parkinson. Estas condições são muitas vezes piores quando a depressão está presente.
Às vezes, medicamentos tomados para estas doenças físicas podem causar efeitos colaterais que contribuem para a depressão. Um médico experiente no tratamento destas doenças pode ajudar a elaborar a melhor estratégia de tratamento.
Fatores de risco incluem:
- Histórico pessoal ou familiar de depressão
- Mudanças importantes na vida, trauma ou stress
- Certas doenças físicas e medicamentos
Tratamentos para os sintomas de depressão
A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz ele é. A depressão é geralmente tratada com medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois.
Se esses tratamentos não reduzem os sintomas, a terapia eletroconvulsiva (ECT) e outras terapias de estimulação cerebral podem ser opções para explorar.
Depressão e a ansiedade
Sabe aquele friozinho na barriga que dá na hora de encontrar alguém que te atrai? Ou o medo de tirar nota baixa antes de uma prova? Isso é ansiedade, um sentimento que todo mundo tem de vez em quando, e que normalmente não é prejudicial.
Mas a ansiedade pode virar uma doença quando ocorre com muita frequência ou vem muito forte, prejudicando tanto a saúde mental como o funcionamento do corpo. Nesses casos, os médicos classificam esse tipo de ansiedade turbinada como um transtorno de saúde mental. Geralmente, ele se manifesta pelos seguintes sintomas:
Os sintomas mais comuns da ansiedade são:
- Preocupações, tensões ou medos exagerados, sem a capacidade de relaxar;
- Sensação contínua de que algo ruim vai acontecer;
- Medo extremo de algum objeto ou situação;
- Medo exagerado de ser humilhado publicamente;
- Falta de controle sobre os pensamentos ou atitudes;
- Pavor depois de uma situação muito difícil.
Quem sofre com o transtorno de ansiedade tem muita dificuldade para realizar tarefas específicas, como falar em público. Diante da perspectiva de ter que fazer algo assim, o coração dispara, o corpo treme e a respiração fica irregular. A ansiedade pode ser tão forte que chega a incapacitar a pessoa de fazer suas tarefas cotidianas, o que prejudica sua vida em todos os sentidos.
Diferença entre ansiedade e depressão
É bem comum que uma pessoa depressiva também possa estar ansiosa e vice-versa. Por isso, fazer esse diagnóstico e diferenciar uma da outra é uma tarefa complexa, que precisa levar em conta história familiar, experiências passadas e o ambiente no qual o paciente vive.
Depois de analisar todos esses fatores, o médico indica o tratamento mais adequado. Nos dois casos, a primeira recomendação costuma ser medicação junto com psicoterapia. Entretanto, indivíduos depressivos são mais propensos a precisar de remédios do que os ansiosos 3, porque a terapia ajuda, mas não consegue prevenir novos episódios e nem cura a depressão.
Em geral, ansiedade e depressão são condições que exigem tratamento a longo prazo e merecem atenção adequada. Praticar a empatia — ou seja, colocar-se no lugar do outro e entender pelo que a pessoa está passando — é uma das formas de dar apoio a pessoas que sofrem com esses transtornos e ajudá-las a viver de uma maneira mais plena e feliz.
O Setembro Amarelo
Assim como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o Setembro Amarelo é uma campanha destinada ao combate a Depressão. O mês foi separado por conta do dia 10 de Setembro, o dia mundial de combate a depressão. E tal como as outras campanhas, durante todo o mês são realizados eventos destinados a explicação e atenção aos cuidados da doença.
Aqui no Brasil, as campanhas de combate a depressão existem desde 1962,e são organizadas pelo CVV, ou Centro de Valorização da Vida. Associado ao Befrienders Worldwide, o instituto tem alcançado ótimos resultados nos últimos anos. Vale à pena conferir o trabalho deles.
O que leva um barbudo a depressão?
Barbudos estão sujeitos a quadros de depressão como qualquer outra pessoa. Os fatores explicados acima se aplicam perfeitamente a rotina de um homem barbado. E algumas situações que envolvem diretamente a barba, combinadas a outros problemas do dia a dia, podem levar a depressão.
Como disse antes, traumas não resolvidos são um dos casos mais frequentes que levam a depressão. Com relação a barba, eles podem ser grandes constrangimentos envolvendo seus pelos faciais. Ainda há casos em que é necessário fazer a barba, ou ainda perda de grandes oportunidades de trabalho não conseguidas por conta da barba.
Pode parecer um exagero, mas é um fato que existem situações pontuais que desencadeiam um quadro de depressão, e as barbas podem ser um deles. Estamos numa época em que existe essa valorização por aquilo que mais prezamos, e com os pelos faciais não é diferente. Pense naquele cara que sempre quis ter uma barba, e por qualquer motivo essa vontade lhe é retirada.
O mundo pode ser bem cruel nesse sentido, e somado a rotina do dia a dia que não é fácil para ninguém, o resultado pode ser um quadro de depressão sutil que pode se agravar sem que você perceba. Por isso é bom buscar ajuda.
Lute contra ela sempre!
Existem tratamentos viáveis contra a depressão atualmente. E não estou falando necessariamente de medicamentos antidepressivos. Embora estes resolvam por algum tempo, eles são apenas parte do tratamento, e não sua solução final. O tratamento completo envolve um acompanhamento clínico com psicólogos, os medicamentos, e por fim a própria força de vontade de quem sofre.
A parte mais complicada de se lidar com a depressão é o dia a dia. Mesmo com os resultados positivos a cada ano do Setembro Amarelo, ainda há muita confusão e mesmo falta de sensibilidade com os quadros de depressão. Para quem tem amigos e parentes próximos com esse quadro, é importante oferecer a atenção e a compreensão necessárias para ajudar da melhor forma que puder.
Caso tenha se identificado com vários dos sintomas que mostramos acima, é essencial que você busque ajuda o quanto antes. Não se deve cogitar a hipótese de se auto-diagnosticar, ou pior ainda, se automedicar, pois não resolve, e pior ainda, pode agravar o quadro.
E por fim, não é vergonha nenhuma dizer que tem, teve ou está lutando contra uma depressão. De certa forma, saber quem está passando por esse quadro mostra quem está do seu lado de verdade, para apoiá-lo, e quem não está. É com essa percepção que a vida se torna mais clara, e você mais forte. Até a próxima, jovem.
ATENÇÃO:
Não há duas pessoas afetadas da mesma forma por depressão e não há uma “receita de bolo” para o tratamento. Pode ser preciso algum teste e erro para encontrar o tratamento que funciona melhor para você.
Coisas que você pode fazer
Aqui estão outras dicas que podem ajudar você ou um ente querido durante o tratamento para a depressão:
- Tente ser ativo e praticar exercício físico.
- Definir metas realistas para si mesmo.
- Tente passar tempo com outras pessoas e converse em um amigo ou parente de confiança.
- Tente não se isolar e deixe que os outros o ajudem.
- Espere o seu humor melhorar gradualmente, não imediatamente.
- Adiar decisões importantes, como se casar ou se divorciar, ou mudar de emprego até que você se sinta melhor.
- Discuta as decisões com outras pessoas que o conhecem bem e têm uma visão mais objetiva da sua situação.
- Entenda como funciona a depressão profunda.
Medicamentos antidepressivos
Os antidepressivos são medicamentos que tratam a depressão. Eles podem ajudar a melhorar a maneira como seu cérebro usa certos produtos químicos que controlam o humor ou o estresse.
Talvez seja necessário testar alguns medicamentos antidepressivos antes de encontrar o que melhor se adapta ao seu organismo, atenua os sintomas e tem menos efeitos colaterais. Um medicamento que ajudou você ou um membro próximo da família no passado será muitas vezes considerado.
Os antidepressivos levam tempo – geralmente 2 a 4 semanas – para começar a ter efeito. Em geral sintomas como sono, apetite e problemas de concentração melhoram primeiro do que o humor deprimido.
Por isso é importante dar uma chance e tempo para a medicação, antes de chegar a uma conclusão sobre a sua eficácia.
Se você começar a tomar antidepressivos, não pare de tomá-los sem a ajuda de um médico. Às vezes, as pessoas que tomam antidepressivos se sentem melhor e, em seguida, param de tomar a medicação por conta própria. Nesse momento a depressão retorna.
Quando você e seu psiquiatra decidirem que é hora de parar a medicação, geralmente após um período de 6 a 12 meses, o médico irá ajudá-lo lenta e seguramente a diminuir sua dose. Pará-los abruptamente pode causar sintomas de abstinência.
Como funciona um antidepressivo
Existem três moléculas básicas, conhecidas quimicamente como monoaminas, que se acredita estarem envolvidas na regulação do humor.
Estes funcionam principalmente como neurotransmissores, que literalmente transmitem sinais nervosos aos seus receptores correspondentes no cérebro. Os antidepressivos atuam influenciando esses neurotransmissores, que incluem:
- Serotonina, o neurotransmissor cujo papel é regular o humor, o apetite, o sono, a memória, o comportamento social e o desejo sexual;
- Norepinefrina, que influencia o estado de alerta e a função motora e ajuda a regular a pressão arterial e a freqüência cardíaca em resposta ao estresse;
- Dopamina, que desempenha um papel central na tomada de decisões, motivação, excitação e sinalização de prazer e recompensa.
Em pessoas com depressão, a disponibilidade desses neurotransmissores no cérebro é caracteristicamente baixa. Os antidepressivos funcionam aumentando a disponibilidade de um ou vários desses neurotransmissores de maneiras diferentes e distintas.
Das cinco classes principais de antidepressivos, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) e os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da norepinefrina (IRSNs) são os mais comumente prescritos, particularmente no tratamento de primeira linha.
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Há um número de antidepressivos que funcionam impedindo a reabsorção (reabsorção) de neurotransmissores no corpo. Coletivamente conhecidos como inibidores de recaptação, eles impedem a recaptação de um ou mais neurotransmissores, de modo que mais estejam disponíveis e ativos no cérebro.
Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina atuam inibindo especificamente a recaptação da serotonina. ISRS são uma nova classe de antidepressivos desenvolvida pela primeira vez durante a década de 1970.
Exemplos incluem:
- Prozac (fluoxetina)
- Paxil (paroxetina)
- Zoloft (sertralina)
- Celexa (citalopram)
- Luvox (fluvoxamina)
- Lexapro (escitalopram)
- Efexor (venlafaxina)
Esses medicamentos tendem a ter menos efeitos colaterais do que os antidepressivos mais antigos, mas ainda são conhecidos por náuseas, insônia, nervosismo, tremores e disfunção sexual.
Além de tratar depressões, eles também são por vezes utilizados para tratar transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtornos alimentares e ejaculações precoce. Eles também se mostraram úteis durante a recuperação do AVC.
Tenha atenção aos sintomas de depressão
Em alguns casos, crianças, adolescentes e adultos jovens com menos de 25 anos podem experimentar um aumento nos pensamentos suicidas ao tomar antidepressivos. Todos pacientes devem ser observados de perto, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento.
Ou seja, se você está considerando tomar um antidepressivo e você está grávida, planejando engravidar ou amamentar, converse com seu médico sobre qualquer risco aumentado de saúde para você ou seu filho.
Psicoterapia
Vários tipos de psicoterapia podem ajudar as pessoas com depressão. Exemplos de abordagens baseadas em evidências específicas para o tratamento da depressão incluem terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia interpessoal e terapia de resolução de problemas.
Terapias de Estímulo Cerebral
Se os medicamentos não reduzem os sintomas de depressão, a terapia eletroconvulsiva (ECT) pode ser uma opção a ser explorada. Com base nas últimas pesquisas:
ECT pode fornecer alívio para pessoas com depressão grave que não foram capazes de se sentir melhor com outros tratamentos.
- A terapia eletroconvulsiva pode ser um tratamento eficaz para a depressão. Em casos graves, onde uma resposta rápida é necessária ou medicamentos não podem ser usados, ECT pode até ser uma intervenção de primeira linha.
- Uma vez estritamente um procedimento de internação, hoje ECT é muitas vezes realizada em regime ambulatorial. O tratamento consiste em uma série de sessões, tipicamente três vezes por semana, durante duas a quatro semanas.
- A ECT pode causar alguns efeitos colaterais, incluindo confusão, desorientação e perda de memória. Normalmente, esses efeitos colaterais são de curto prazo. No entanto, às vezes problemas de memória podem demorar, especialmente para os meses próximos ao período de tratamento.
Avanços médicos
- Os avanços nos dispositivos e métodos tornaram a ECT moderna, segura e eficaz para a grande maioria dos pacientes. Fale com o seu médico. Certifique-se de compreender os potenciais benefícios e riscos do tratamento antes de dar o seu consentimento para este tratamento.
- Não é doloroso, e você não pode sentir os impulsos elétricos. Antes do ECT começar, um paciente é colocado sob breve anestesia e dado um relaxante muscular. Dentro de uma hora após a sessão de tratamento, que leva apenas alguns minutos, o paciente está acordado e alerta.
Se você acha que pode ter depressão, marque uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra.
Teste de depressão
Como você tem se sentido? Este teste de depressão gratuito foi criado como ferramenta para determinar se você precisaria buscar ajuda profissional para suas aflições. Sugerimos que procure um profissional da saúde mental, dependendo do resultado; uma psicóloga, psiquiatra, o CRAS da sua região ou o departamento de psicologia de alguma universidade. É possível receber tratamento gratuito para depressão no CRAS ou a preços simbólicos nas universidades.
Não dê ouvidos a pessoas que dizem que depressão é coisa de pessoas fracas, ou que você simplesmente deve tentar se sentir melhor ou fazer alguma coisa para melhorar. Isso demonstra apenas ignorância de quem fala isso sobre o sério distúrbio mental que é a depressão. É o mesmo que dizer para alguém com gripe para melhorar com a força de vontade. Um absurdo. Depressão é uma condição clínica conhecida, debilitante e pode tornar-se crônica.
No entanto este teste para depressão não é uma ferramenta clínica. Para um diagnóstico preciso procure um profissional da área da saúde.
O resultado deste teste de depressão rápido poderá ajudá-lo a determinar se você necessita procurar um profissional de saúde mental para diagnóstico e tratamento para depressão. Poderá ajudá-lo a monitorar a sua depressão regularmente.
Depressão na quarentena
A pandemia do Coronavírus é algo novo vivido por nós e pode desencadear alterações na nossa saúde mental. Esse momento, mais do que nunca, precisamos estar cientes de que mesmo de longe, estamos juntos e ter a certeza de que tudo isso irá passar.
Como estamos vivenciando um momento de angústia, incertezas e medo do futuro, é comum sentir-se ansioso com toda essa situação.
Devemos nos atentar se essa ansiedade evolui para casos mais complexos, que se não tratados podem se tornar depressão. Algumas dicas, que serão citadas abaixo, são fundamentais para não deixarmos isso dominar o nosso dia a dia e passarmos por esse período da forma mais saudável possível.
NÃO RESUMA SEUS DIAS A NOTÍCIAS SOBRE A DOENÇA
Evite, na medida do possível, ler ou ouvir notícias que te causem ansiedade. Informe-se através de fontes confiáveis e decida a melhor maneira de proteção para você e as pessoas que você ama.
OUÇA E FALE
Escute os problemas das pessoas com solidariedade e empatia, pois cada um lida com esse momento de diferentes maneiras.
Não deixe de falar sobre seus sentimentos, converse com amigos e familiares sobre o que está acontecendo, isso diminuirá a angústia.
MANTENHA A ROTINA
Sempre que possível, mantenha a sua rotina e a das crianças também. Separe momentos para tarefas, brincadeiras e relaxamento.
Seja saudável
Opte por passar esse período priorizando uma dieta balanceada, sono regulado, exercícios físicos ou mentais (como meditação) e contato virtual frequente com pessoas que você confia e ama.
SE ATENTE AOS EXAGEROS
Evite o consumo de álcool, cigarro ou outras drogas para aliviar o estresse. Caso sinta necessidade deles, converse com um profissional que poderá te auxiliar na sua saúde física e mental.
Lembre-se que o exagero no consumo desses produtos também diminui a nossa imunidade.
MANTENHA AS CRIANÇAS POR PERTO
Caso seja seguro, mantenha as crianças próximas a você e evitem se separar delas. Converse frequentemente com eles, explique a situação de maneira clara de acordo com a idade da criança, isso poderá diminuir a ansiedade dos pequenos.